"Livro do Desassossego"
de Fernando Pessoa (Bernardo Soares)

Edição de Richard Zenith

Edição de 2000
Biblioteca Visão
384 Páginas

"O Livro do Desassossego" é um dos maiores feitos literários do século xx. Obra-prima póstuma, retrato da cidade de Lisboa e do seu retratista, compõe- se de centenas de fragmentos, oscilando entre diário íntimo, prosa poética e narrativa, num conjunto fundamental para compreender o lugar de Fernando Pessoa na criação da consciência do mundo moderno.

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Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto. Os estudos neste país familiarizaram-no com a língua inglesa, na qual escreveria uma parte considerável da sua obra. Em 1905 regressou definitivamente a Portugal e, em 1912, estreou-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 foi o ano em que criou os seus três conhecidos heterónimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Em 1915 lançou, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que marcou o movimento modernista português. Quando morreu, o poeta tinha apenas uma obra publicada em português: a célebre Mensagem, mas deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. A editora Ática começou a publicar a sua obra poética em 1942. Além de poeta, Fernando Pessoa foi filósofo, dramaturgo, tradutor – traduziu Shakespeare e Edgar Allan Poe para o português, e obras de António Botto e Almada Negreiros para o inglês –, ensaísta, crítico, publicitário, astrólogo, inventor, empresário e correspondente comercial. Mundialmente conhecido, um marco na literatura portuguesa do século XX, a sua obra foi traduzida em dezenas de línguas. Faleceu em 1935, em Lisboa.

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