Particular
Descrição
O PROBLEMA DE DEUS
Diamantino Martins
Professor da Faculdade de Filosofia de Braga
Estudos publicados pela Faculdade de Filosofia de Braga
Livraria Cruz –
Braga – 1956
Páginas: 240
Dimensões:205x150 mm.
Exemplar em excelente estado de conservação. Tem duas assinaturas (carimbo)de posse.
PREÇO: 17.00€
PORTES DE ENVIO INCLUÍDOS, em Correio Normal/Editorial, válido enquanto esta modalidade for acessível a particulares.
Envio em Correio Registado acresce a taxa em vigor.
PRÉ-PAGAMENTO:
Transferência Bancária
MBWAY
PAYPAL
DO PRÓLOGO.
Este livro, embora perigoso, pode ser lido por todos. É perigoso para quem não quer encontrar-se com Deus, porque talvez O encontre nele, sem Lhe poder fugir. E perigoso para quem nunca pensou o problema do Infinito, porque pode suscitar questões difíceis de resolver, ou que forçam os quadros habituais a que estamos acostumados.
Mas que há neste mundo que valha alguma coisa, que não seja igualmente perigoso?
Em milhares de anos não adiantou um passo o sistema das nossas relações com Deus. Oração, sacrifícios, altares datam desde milénios, assinalando através dos séculos uma mesma atitude fundamental.
Não podia ser doutra maneira, se tal sistema é da essência mesma do homem, e não forma passageira e acidental da sua existência terrestre. Mas surgiu, modernamente, o problema do ateísmo, que põe à prova a essência mesma do homem, como «ser para Deus». Este livro dirige-se a todos aqueles sob cujos olhos há-de vir a cair um dia. Talvez por interesse, talvez por curiosidade, talvez por falta de coisa melhor, seja um dia aberto ao acaso.
Talvez se ponham a lê-lo só para matar o tempo. Não importa. Talvez caia nas mãos dalgum ferido de Pamplona, na falta de romances de cavalaria. Oxalá lhe suceda como outrora a S. Inácio.
Quer desaparecer como inútil, depois de lido, das mãos do leitor, para o deixar a sós com a mais importante das questões, a que ocupava os personagens de Dostoiewsky nos curtos instantes em que se encontravam juntos: «Deus existe, sim ou não?»
Sabemos que há crianças inocentes, para quem Deus é «Aquele a quem se reza», cuja existência nunca se pôs em questão.
Mas sabemos também que há no mundo quem beba desde a infância, nos livros e nas escolas, que Deus não existe já.
Não pretendemos, em nenhum ponto, esgotar o imenso Oceano, sem principio e sem fim, do Infinito. Bastava-nos ser uma pequena pedra que se atira e que ressalta ao longe sobre a superfície do mar, transformar em círculos cada ver mais largos sobre a água, e morrerem de encontro às penedias.
A uns queremos fazer dar-se conta da grande Certeza que os guia; aos outros queremos pôr a Grande Questão, cuja solução lhes falta e os atemoriza.
Um claro-obscuro acerca de Deus nos cerca. Demasiado evidente, por um lado, oculta-Se, por outro, no mais misterioso dos silêncios.
Há coisas que só a rezar se podem ler, porque só então se compreendem. A realidade só quando está presente se pode analisar.
É um mistério incompreensível a passagem do finito para o Infinito. Começamos a pensar a Terra e acharmo-nos a pensar o Céu; começamos a pensar-nos a nós e encontrarmo-nos a pensar a Deus; começamos a amar o que acaba e terminamos amando o que não tem fim.
É assim, na linha da existência, que o problema se põe. Mas como sabemos que assim é o Deus que assim pensamos?
Deus oculta-Se, porque se Se entremostrasse se- quer, desfaziam-se as possibilidades de uma vida ordinária, como é necessário que haja para que o mundo continue sendo o que é.
No problema de Deus, como no problema da Verdade em geral, há ao mesmo tempo dois problemas: um problema individual e um problema social.
Ordinariamente trata-se do problema em si, da demonstrabilidade da existência de Deus, etc. Mas nem todos possuem do mesmo modo a verdade. Duma maneira completa, só existe numa posse colectiva, pela impossibilidade de cada um investigar þor si só todos os seus fundamentos ou analisar todas as suas implicações.
Diamantino Martins
Professor da Faculdade de Filosofia de Braga
Estudos publicados pela Faculdade de Filosofia de Braga
Livraria Cruz –
Braga – 1956
Páginas: 240
Dimensões:205x150 mm.
Exemplar em excelente estado de conservação. Tem duas assinaturas (carimbo)de posse.
PREÇO: 17.00€
PORTES DE ENVIO INCLUÍDOS, em Correio Normal/Editorial, válido enquanto esta modalidade for acessível a particulares.
Envio em Correio Registado acresce a taxa em vigor.
PRÉ-PAGAMENTO:
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DO PRÓLOGO.
Este livro, embora perigoso, pode ser lido por todos. É perigoso para quem não quer encontrar-se com Deus, porque talvez O encontre nele, sem Lhe poder fugir. E perigoso para quem nunca pensou o problema do Infinito, porque pode suscitar questões difíceis de resolver, ou que forçam os quadros habituais a que estamos acostumados.
Mas que há neste mundo que valha alguma coisa, que não seja igualmente perigoso?
Em milhares de anos não adiantou um passo o sistema das nossas relações com Deus. Oração, sacrifícios, altares datam desde milénios, assinalando através dos séculos uma mesma atitude fundamental.
Não podia ser doutra maneira, se tal sistema é da essência mesma do homem, e não forma passageira e acidental da sua existência terrestre. Mas surgiu, modernamente, o problema do ateísmo, que põe à prova a essência mesma do homem, como «ser para Deus». Este livro dirige-se a todos aqueles sob cujos olhos há-de vir a cair um dia. Talvez por interesse, talvez por curiosidade, talvez por falta de coisa melhor, seja um dia aberto ao acaso.
Talvez se ponham a lê-lo só para matar o tempo. Não importa. Talvez caia nas mãos dalgum ferido de Pamplona, na falta de romances de cavalaria. Oxalá lhe suceda como outrora a S. Inácio.
Quer desaparecer como inútil, depois de lido, das mãos do leitor, para o deixar a sós com a mais importante das questões, a que ocupava os personagens de Dostoiewsky nos curtos instantes em que se encontravam juntos: «Deus existe, sim ou não?»
Sabemos que há crianças inocentes, para quem Deus é «Aquele a quem se reza», cuja existência nunca se pôs em questão.
Mas sabemos também que há no mundo quem beba desde a infância, nos livros e nas escolas, que Deus não existe já.
Não pretendemos, em nenhum ponto, esgotar o imenso Oceano, sem principio e sem fim, do Infinito. Bastava-nos ser uma pequena pedra que se atira e que ressalta ao longe sobre a superfície do mar, transformar em círculos cada ver mais largos sobre a água, e morrerem de encontro às penedias.
A uns queremos fazer dar-se conta da grande Certeza que os guia; aos outros queremos pôr a Grande Questão, cuja solução lhes falta e os atemoriza.
Um claro-obscuro acerca de Deus nos cerca. Demasiado evidente, por um lado, oculta-Se, por outro, no mais misterioso dos silêncios.
Há coisas que só a rezar se podem ler, porque só então se compreendem. A realidade só quando está presente se pode analisar.
É um mistério incompreensível a passagem do finito para o Infinito. Começamos a pensar a Terra e acharmo-nos a pensar o Céu; começamos a pensar-nos a nós e encontrarmo-nos a pensar a Deus; começamos a amar o que acaba e terminamos amando o que não tem fim.
É assim, na linha da existência, que o problema se põe. Mas como sabemos que assim é o Deus que assim pensamos?
Deus oculta-Se, porque se Se entremostrasse se- quer, desfaziam-se as possibilidades de uma vida ordinária, como é necessário que haja para que o mundo continue sendo o que é.
No problema de Deus, como no problema da Verdade em geral, há ao mesmo tempo dois problemas: um problema individual e um problema social.
Ordinariamente trata-se do problema em si, da demonstrabilidade da existência de Deus, etc. Mas nem todos possuem do mesmo modo a verdade. Duma maneira completa, só existe numa posse colectiva, pela impossibilidade de cada um investigar þor si só todos os seus fundamentos ou analisar todas as suas implicações.
ID: 640378015
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Publicado 07 de maio de 2024
O PROBLEMA DE DEUS Diamantino Martins Prof da Fac Filosofia de Braga
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